Umberto Tavares discute usos e abusos da água na cidade de Uberlândia

O debate aconteceu na UFU e foi uma das atividades do Grito Rock Uberlândia

Ana, Umberto e Gustavo

Na quinta feira da semana passada, 17 de março, um de nossos colaboradores, Umberto Tavares, presidente da Associação “Paiol de Idéias”, fez parte do o “Grito Ambiental”, um debate ampliado sobre o Rio Uberabinha. O evento aconteceu na UFU, como parte da programação do “Observatório Fora do Eixo”, uma das ações do festival integrado Grito Rock Uberlândia, realizado pelo Coletivo Goma – Cultura em Movimento.

Além de Umberto Tavares, compuseram a mesa Gustavo Malacco, biólogo e membro da Associação para Gestão Socioambiental do Triangulo Mineiro (ANGÁ), e Nara Sbreebow, jornalista e produtora do audiovisual. A conversa iniciou com a exposição de Gustavo sobre a biodiversidade do Rio e seu entorno, da nascente até a foz. O biólogo também fez uma contribuição importante para compreensão das políticas ambientais em trâmite atualmente, a partir da atuação política da ANGÁ, que tem ocupado importantes espaços de articulação e reivindicação públicos.

Questões mais culturais foram tratadas pela jornalista Nara Sbreebow, que está produzindo miniséries sobre o Rio para a televisão. Cada episódio percorrerá 10 km do entorno, trabalhando as suas especificidades e dialogando com moradores e demais atores que ocupam a região. Umberto Tavares, também envolvido em uma produção audiovisual sobre o Uberabinha, o documentário “Murundu”, tocou na questão cultural pelo viés comportamental, ressaltando o consumo pouco reflexivo e a importância de fazer a informação chegar à população.

O produtor cultural também fez uma fala contundente sobre o impacto dos interesses capitalistas de empresas sobre uso da água. “Cada gota d’água está sendo transformada indireta e permanentemente em recursos que viabilizam a sobrevivência, não apenas do ponto de vista do uso da água para beber e cozinhar, mas para produzir economia mesmo, para produzir riqueza”, explica.

Umberto Tavares afirma que o Grito Ambiental é uma iniciativa que marca presença em um momento de reflexões profundas sobre os recursos hídricos. “Há uma série de debates acontecendo atualmente em torno dessa temática, porque é indispensável, em qualquer agenda política, discutir os procedimentos de exploração de recursos não renováveis. Realizar eventos como o que aconteceu é uma necessidade cada vez maior em qualquer lugar, quanto mais em uma instituição de ensino”, ressalta Umberto.